É alto e baixo o tempo inteiro
É uma vertigem, eu sinto o cheiro
Desse vento de cinzeiro
Que o meu riso vai mudar
É arrepio, é desespero
O corpo treme por inteiro
Eu perco o chão, fico sem freio
E o coração a palpitar
Sinto que é tarde muito cedo
Ando pilhado pelo medo
A minha mente de azulejo
Eu tenho medo de quebrar
O dia arromba minha janela
Eu pulo o muro ou abro a cela?
Outra história, nova tela
Eu não sei mais como pintar
Apruma o caminho, menina
Arrocha a pisada rapaz
O mundo é redondo sem borda
Engenhoca, quebrou tu refaz
É roda gigante a vida
O mundo é moinho demais
Se lanhou tem Santos pra esmola
É agora
Ói que Deus é mais